Nesse inusitado período de pandemia, em que práticas antes impensáveis tornaram-se rotina – como foi o caso do ensino remoto – muita coisa tem acontecido no contexto educacional. A migração forçada para o meio digital como forma de não interromper as atividades educacionais geram formas específicas de lecionar, aprender, interagir, preocupar-se, organizar-se, lutar por direitos, adaptar-se ao estabelecido, entre outros.
Como era de se esperar, toda essa situação foi sentida no contexto da Licenciatura em Educação do Campo (LEC) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. A formação de professores é um exercício que envolve um lidar constante com o acontecimento, com a dinamicidade da vida e essa situação recente tem deixado isso muito explícito. Isso, ainda que cada contexto, território, cultura, comunidade tenha vivido toda essa condição de modo necessariamente contingente.
Ao se partir das condições concretas nas quais nos encontrávamos, nós, docente e discentes, enquanto coletivo, procuramos refletir sobre questões ligadas a noções de letramento, leitura, alfabetização, linguagem, ensino, práticas letradas, entre outros. Isso, em um exercício centrado nas práticas letradas e nas condições concretas de cada um de nós enquanto participante daquele coletivo.
Assim, a presente série é resultado de um trabalho coletivamente realizado no contexto da disciplina Estudos de Letramento do terceiro período do curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEC) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. A cada sexta-feira, então, um trabalho autoral produzido por um discente do curso será publicado.
Fica o convite à leitura, ao diálogo e à reflexão conjunto a respeito de práticas letradas que ocorreram e ainda têm ocorrido nesse inusitado contexto de ensino remoto, distanciamento físico e pandemia.