Como tudo começou

Por Sunamita Nelma Ferreira Alves [1]

Ouça um trecho lido pela própria autora a seguir. O texto completo, em formato escrito, segue logo abaixo.

Meu primeiro contato com tecnologia digital foi no ano de 2016, quando ganhei um celular. Logo então comecei a usar WhatsApp, mas meu acesso é bastante limitado, pois me preocupo com a dependência que pode causar nas pessoas e por não ter muito tempo disponível. Os aplicativos que eu mais utilizo são YouTube, WhatsApp e e-mail, por serem aplicativos que ajudam a resolver várias coisas atualmente e por serem mais práticos. Com a chegada dessas novas tecnologias digitais, várias práticas foram alteradas, desde uma simples conversa até resolver problemas como pagar boletos sem idas a bancos, fazer compras etc.

Com a chegada dessas novas tecnologias digitais, várias práticas foram alteradas, desde uma simples conversa até resolver problemas como pagar boletos sem idas a bancos, fazer compras etc. A geração mais velha tem mais dificuldades com o acesso às novas tecnologias, enquanto as crianças manuseiam os aparelhos com muita facilidade e, mesmo antes de saberem ler, já possuem grandes avanços em seus letramentos digitais. Além disso, o uso da linguagem é diferente, com fenômenos como o uso do português com muitas abreviações.

Muitas pessoas, principalmente crianças e jovens, usam o celular sem controle, de forma prejudicial à saúde. Se tirarmos os celulares dos adolescentes hoje, a maioria fica doente. Não sabemos que mal isso pode trazer para as novas gerações, mas podemos dizer que os usos dessas ferramentas devem ser conscientes e críticos.

Na minha formação básica não existia ainda essas tecnologias de interação avançadas de hoje e as atividades eram sempre presenciais e com pesquisas em livros físicos. Mas vale ressaltar que quem está a par das tecnologias está um passo à frente, em contato com a boa informação, o que contribui bastante para nossa educação, visto que o acesso que era limitado em tempos passados, mas agora as informações estão mais acessíveis e de maneira gratuita e universal. Resta-nos usá-las adequadamente.

Na universidade o uso das tecnologias sempre foi desafiador, mas necessário para tarefas como entrega de trabalhos via Moodle, pesquisas on-line etc. Como um todo, foi difícil a adaptação já que no meu cotidiano não usava essas ferramentas. Inclusive já perdi trabalhos finalizados que não consegui enviar por problemas com as tecnologias.

O isolamento social causado pela pandemia do covid19 foi difícil e provavelmente todos tiveram que se apegar às tecnologias de interação e comunicação para que fosse possível conseguir acompanhar o ensino remoto, no meu caso, e até trabalhar. Essas metodologias foram uma inovação salvadora, por ser o único jeito de termos as aulas, ainda que com perda de qualidade no ensino e aprendizagem. No ensino presencial com certeza o aproveitamento é bem maior, porque em sala de aula é mais fácil nos concentrar.

Para os educadores, há vários sites relevantes para o ensino, mas pode ser um problema o professor usar o celular em sala de aula e conseguir voltar às atividades sem que alunos se dispersem em salas de bate-papo e outras. Apesar de facilitar vários processos, como no ensino, as tecnologias também acarretam uma série de coisas, mudanças como o distanciamento entre as pessoas.

No campo, o uso das tecnologias facilita bastante, visto que há ferramentas de comunicação e de informações que encurtam distâncias, proporcionam acesso a mercadorias e geram economias significativas, o que são grandes benefícios para a sociedade campesina. Infelizmente o acesso do sujeito do campo é limitado, o que podemos dizer que é uma exclusão digital. Isso é um ponto negativo que deve ser observado e corrigido.

[1] Sunamita Nelma Ferreira Alves é graduanda do curso Licenciatura em Educação do Campo (LEC), da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).

Este trabalho foi orientado pelos professores Carlos Henrique Silva de Castro, Luiz Henrique Magnani e Mauricio Teixeira Mendes.

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