Por Andréia Martins Ferreira [1]
Ouça o texto lido pela própria autora a seguir. O texto completo, em formato escrito, segue logo abaixo.
Comecei a ter uma noção de leitura antes mesmo de começar a frequentar a escola, pois eu ia sempre à igreja com meus pais e tinha acesso aos jornaizinhos e bíblias. Sempre fui muito curiosa e procurava aprender as coisas por vontade própria. Ainda criança comecei a ter um interesse muito grande pela música. Sendo assim, meu pai comprava DVDs para que eu pudesse cada vez mais aprimorar meus conhecimentos sobre isso. Com dois irmãos mais velhos, de certa maneira, eles me conectaram aos conhecimentos escolares antes mesmo de começar a estudar.
Antes, eu sempre ficava “de cima”, com muita curiosidade, da lição de casa dos meus irmãos para tentar entender do que se tratavam todos aqueles livros e cadernos. Tudo que eles falavam e faziam eu procurava repetir, como meio de aprendizado. Quando chegou a idade em que eu podia me matricular (fase introdutória na época), como eu já havia aprendido bastante coisa, como ler, escrever, fiz uma avaliação que me permitiu avançar uma série. Sempre ganhava moedas dos meus pais para que eu pudesse comprar algum lanche a caminho da escola. Assim, já fui começando a ter uma noção básica do que eu podia ou não gastar. A matemática sempre foi uma das matérias que eu mais gostava, e que eu tinha grande facilidade em aprender. Meus pais e professores sempre estiveram ao meu lado, com muita paciência, buscando sempre me incentivar cada vez mais.
Aos 5 anos de idade, eu já sabia escrever meu nome e juntar letrinhas para formar palavrinhas. Logo a seguir, com o passar dos anos, fui aprimorando cada vez mais e, aos 7 anos, já escrevia cartinhas para os “namoradinhos”. Na escola, sempre eram dadas produções de textos, e eu sempre tinha muita criatividade para criar histórias. Sempre, ao final de cada aula, eu amava ir à biblioteca da escola e pegar gibis para levar para casa, e passava horas e horas vendo figuras e juntando palavrinhas. Sempre que faziam eventos, eu amava participar, pois para mim era um meio de aprofundar e aprimorar o meu conhecimento. Ao longo dos anos, esse conhecimento foi aumentando cada vez mais, e eu sempre tirava notas boas.
Apesar de sempre tirar notas boas, eu sempre tive maior facilidade com os números, em vez das leituras. Mas, sem dúvida, a escola foi para mim um marco de extrema importância, da qual guardo grandes lembranças. Formei no Ensino Médio, aos 16 anos, e, aos 18, já havia concluído um curso técnico em multimeios didáticos.
Hoje, mãe de um menino de 4 anos, que também já iniciou sua vida escolar, procuro incentivar e dar total apoio, assim como eu tive oportunidade de ter esse suporte na minha infância. Ainda tenho certas dificuldades com algumas coisas, mas procuro sempre buscar meios de tirar minhas dúvidas.
[1] Andréia Martins Ferreira é graduanda da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e produziu este relato na disciplina Prática de Leitura e Produção de Textos, ofertada no primeiro semestre de 2023. A organização e edição do material foi feita pelo Projeto de Extensão Aula Digital.
Este trabalho foi orientado pelo professor Carlos Henrique Silva de Castro, com as ricas contribuições na revisão e organização do tutor Marcos Roberto Rocha.