Vida escolar

Charline

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Charline Lima Silva Marques, Águas Formosas/MG

Lembro-me pouco da minha infância na vida escolar, mas, claro, alguns acontecimentos ficaram guardados na minha memória. Quando comecei a ler, por volta dos seis para sete anos, tudo que via escrito nas ruas — nomes de lojas, placas, propagandas, pacotes de biscoitos, estampas de ônibus, entre outras coisas — eu sempre passava lendo em voz alta. Tudo era novidade, e eu achava o máximo conseguir juntar as letras.
No 2º ano do ensino fundamental I, a diretora da escola queria aplicar uma prova para me pular para o 3º ano, mas minha mãe preferiu que eu continuasse no ano de acordo com minha idade. Lembro-me de que, naquele ano, consegui ajudar bastante meus colegas nas atividades de sala. Isso aconteceu porque tinha acabado de mudar de cidade, e a escola anterior em que eu estudava estava bem mais adiantada em comparação à nova escola.
Sempre tive mais facilidade nas áreas exatas; minhas melhores notas sempre foram em matemática, física e química. Minha mãe teve um papel importante nesse fator, pois acho que parte dessa facilidade, principalmente em matemática, foi herança genética. Ela já era professora do ensino fundamental e, quando completei onze anos, terminou a graduação em matemática. Acho que posso usar a expressão “filho de peixe, peixinho é”; com ela, aprendi a amar matemática.
Nos anos iniciais na escola, não tive dificuldades em aprender as letras e juntá-las, talvez pelo fato de ser filha de professora e de ter sido sempre incentivada em casa com histórias e livros infantis. Com o passar dos anos escolares, mesmo com esse incentivo na infância, o português nunca foi uma paixão, mas sempre tive boas notas nessa matéria. Toda semana, pegava um livro na biblioteca da escola para ler, e lembro que muitas vezes fazíamos até teatro sobre alguns livros no ensino fundamental.
A prática com os números sempre fez mais sentido para mim; aprendi com muita facilidade a trabalhar com dinheiro, por exemplo, e fazia contas de cabeça com muita agilidade. A língua portuguesa também foi de suma importância, pois sem a leitura não conseguimos fazer praticamente nada. Durante todo o período escolar, sempre tive excelentes professores de língua portuguesa e matemática, o que foi muito importante para meu desempenho.
Minha habilidade com números sempre ajudou muito em minhas questões financeiras. O ensino médio fez parte disso, assim como a língua portuguesa, pois é através dela que consigo ler, compreender e interpretar várias situações no meu cotidiano.
Esse primeiro ano de graduação, assim como os próximos, será cheio de desafios, e espero que traga muitas mudanças nos meus hábitos de leitura e escrita, pois sei que preciso melhorar muito nessa área. Sou encantada por quem escreve um bom texto com facilidade. Espero me encantar pelas letras assim como sou encantada pelos números durante o curso de graduação em Pedagogia.



SOBRE A AUTORA:

Charline Lima Silva Marques, Águas Formosas/MG, é acadêmica da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), onde cursa Pedagogia. Produziu este relato na disciplina Práticas de Leitura e Produção de Textos, ofertada de julho a novembro de 2024.


A orientação deste trabalho e a organização do e-book foram realizadas por Carlos Henrique Silva de Castro, Kátia Lepesqueur e Virgínia Batista.

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