Descobrindo o mundo das letras e dos números

Por Rafaela Paulino dos Santos [1]



 

Quando criança me lembro de sempre ver o meu pai lendo livros bíblicos, escrevendo em lições da escola sabatina, e minha mãe comumente lendo revistas. Lembro-me que às vezes eu olhava alguns gibis mesmo não sabendo ler ainda, e que eu tinha vários DVDs com histórias e músicas, eu gostava mais de assistir ao DVD do Patati Patatá, o cenário era sempre muito colorido, as músicas animadas e tinha várias histórias ao longo do DVD.

Não me recordo muito bem quando comecei a contar, só lembro que, quando aprendi, saía pela casa toda contando as coisas, foi como uma nova porta se abrindo para mim. Recordo-me que meus avós sempre davam moedas e dinheiro de papel para mim e para minha irmã, no dinheiro de papel sempre que eu via um número maior ou algum animal que comumente eu não ganhava, já sabia que o valor era maior. Quanto às moedas que ganhava eu gravava na mente que as moedas de 50 centavos e de 1 real valiam mais. Comecei a entender o valor do dinheiro, quando ia a mercearia comprar balas e salgadinhos e me explicavam o que daria para comprar com cada quantia de dinheiro.

Acho que comecei a somar e diminuir com 5 ou 6 anos, antes de entrar na escola. Com o decorrer do tempo os problemas matemáticos se tornaram mais fáceis. A escola e minha família foram fundamentais ao meu aprendizado de matemática, meu pai e meu avô tinham um bom conhecimento nessa área, eles me ensinavam de forma simples a como fazer contas e a escola me auxiliou muito também.

Antes de entrar na escola já conseguia escrever meu primeiro nome e o de alguns familiares, foi muito bom a experiência de perceber que eu conseguia escrever algumas coisas e ficava muito contente ao conseguir ler corretamente as palavras.  A escola foi bastante fundamental, sempre havia coisas para ler e escrever, isso deixava cada dia mais fácil e natural o aprendizado.

Lembro-me que havia um projeto na escola chamado “sacola mágica”, que consiste em sortear alguma pessoa da turma para “ganhá-la” e trazer na próxima semana textos sobre os livros lidos. Acho que foi a partir daí que tive mais contato com a leitura, ia à biblioteca da escola e pegava vários livros para ler, sempre fui uma pessoa muito curiosa e a literatura avivou isso ainda mais. No ensino fundamental, gostava muito de ler contos ou histórias em quadrinhos, no ensino médio gostava mais de ficção científica, crônicas e contos de terror. Normalmente na escola produzia mais redações ou textos críticos sobre alguns assuntos propostos.

Na escola nos anos iniciais do pré até o 6º ano havia uma salinha que ficavam os computadores e alguns livros em prateleiras, já na outra escola em que passei o restante dos meus anos escolares havia uma biblioteca com vários livros e projetos de incentivo à leitura.

Noto que nos primeiros anos na universidade tenho lido poucos livros, escrito coisas apenas relacionadas aos assuntos estudados e não mais livros de meu interesse. Mas que tenho escrito mais, seja textos acadêmicos, relatórios e coisas relacionadas.

Sinto bastante falta de uma base sólida da escola, principalmente em questão de matemática, eu não tive muito contato aprofundado sobre, e tenho sentido um pouco desse Impacto agora na universidade com algumas atividades. Percebo que agora estou começando a entender cada vez mais a importância do professor e de um ensino de qualidade.



[1] Rafaela Paulino dos Santos é graduanda da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e produziu este relato na disciplina Prática de Leitura e Produção de Textos, ofertada no primeiro semestre de 2023. A organização e edição do material foi feita pelo Projeto de Extensão Aula Digital.

Este trabalho foi orientado pelo professor Carlos Henrique Silva de Castro, com as ricas contribuições na revisão e organização do tutor Marcos Roberto Rocha.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

%d blogueiros gostam disto: